sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

"Qual a visão cristã a respeito do suicídio? O que diz a Bíblia a respeito do suicídio?"


De acordo com a Bíblia, cometer ou não suicídio não é o que determina se alguém terá acesso ao céu. Se alguém que não foi salvo cometer suicídio, essa pessoa não fez nada mais do que “acelerar” sua jornada para o lago de fogo. Entretanto, a pessoa que cometeu suicídio estará no inferno por ter rejeitado a salvação através de Cristo, não por ter cometido suicídio. A Bíblia menciona quatro pessoas específicas que cometeram suicídio: Saul (I Samuel 31:4), Aitofel (II Samuel 17:23), Zinri (I Reis 16:18) e Judas (Mateus 27:5). Cada um deles foi homem vil, mau e pecador. A Bíblia vê o suicídio do mesmo modo que o assassinato – e assim o é – um auto-assassinato. Cabe a Deus decidir quando e como a pessoa morrerá. Tomar de assalto este poder em suas próprias mãos, de acordo com a Bíblia, é blasfêmia contra Deus.

O que diz a Bíblia a respeito de um cristão que comete suicídio? Não creio que um cristão que cometa suicídio perderá a salvação e terminará no inferno. A Bíblia ensina que a partir do momento no qual a pessoa verdadeiramente crê em Cristo, ela está eternamente salva (João 3:16). De acordo com a Bíblia, os cristãos podem ter certeza, sem sombras de dúvida, que têm a vida eterna, não importa o que aconteça. “Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus” (I João 5:13). Nada pode separar o cristão do amor de Deus! “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 8:38-39). Se nenhuma “criatura” pode separar um cristão do amor de Deus, e um cristão que comete suicídio é uma “criatura”, então nem mesmo o suicídio pode separá-lo do amor de Deus. Jesus morreu por todos os nossos pecados... e se um cristão verdadeiro, em tempo de crise e fraqueza espiritual, cometer suicídio – também este é um pecado pelo qual Cristo morreu.

Não significa que o suicídio não seja um grave pecado contra Deus. De acordo com a Bíblia, o suicídio é assassinato, o que é errado. Eu teria sérias dúvidas a respeito do caráter genuíno da fé de alguém que se diz um cristão e mesmo assim cometeu suicídio. Não há circunstância alguma que possa justificar que alguém, em particular um cristão, tire sua própria vida. Os cristãos são chamados a viver suas vidas por Deus – a decisão a respeito de quando morrer cabe a Deus e a Deus somente. Talvez uma boa maneira de ilustrar o suicídio para um cristão venha do livro de Ester. Na Pérsia, havia uma lei na qual qualquer pessoa que viesse à presença do rei sem ser convidada seria lançada à morte, a não ser que o rei estendesse seu cetro em sua direção – indicando misericórdia. Para o cristão, o suicídio seria como forçar passagem e chegar à presença do rei sem ser convidado, ao invés de esperar que Ele o convocasse. Ele vai estender a você o seu cetro, livrando-o e dando vida eterna, mas isso não quer dizer que Ele esteja feliz com você. Apesar de não ser um versículo específico para este caso, I Coríntios 3:15 é provavelmente uma boa descrição do que acontece com um cristão que comete suicídio: “Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.”


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Aprendendo a descansar no Senhor em meio às tempestades

Essa inspirada mensagem precisa ser compartilhada!

Por acaso você já percebeu que a vida às vezes nos reserva tempestades sombrias? Já se deu conta que a existência humana se dá sobre montes e vales, e que muitas das vezes enfrentamos forças invisíveis que nos tentam fazer desistir de nossos sonhos e ideais?
Infelizmente não são poucas as vezes que titubeamos diante das pressões. Isto porque, o inimigo de nossas almas, tenta semear em nossos corações sementes de incerteza e incredulidade. Todavia, são em momentos como estes que necessitamos nutrir os nossos corações da convicção de que ainda que não pareça, Cristo continua firme guiando nossos barcos.
Essa afirmação me faz lembrar de uma canção bem antiga cantada em nossas igrejas:
“ Mestre, o mar se revolta
E as ondas nos dão pavor!
O céu se reveste de trevas,
Não temos um Salvador!
Não se te dá que morramos?
Podes assim dormir?
Se a cada momento nos vemos
Já prestes a submergir?As ondas atendem ao meu mandar,
Sossegai!
Seja o encapelado mar,
A ira dos, homens o gênio do mal;
Tais águas não podem a nau tragar,
Que leva o Senhor, Rei dos céus e mar!
Pois todos ouvem o meu mandar:
Sossegai! Sossegai!
Convosco estou para vos salvar;
Sossegai!Mestre, tão grande tristeza
Me quer hoje consumir!
Na dor que perturba minha alma
Te imploro: “Vem me acudir!”
De ondas do mal que me encobrem,
Quem me virá valer?
Não tardes, não tardes, bom Mestre,
Estou quase a perecer!Mestre chegou a bonança;
Em paz vejo o céu e o mar!
O meu coração goza a calma
Que não poderá findar.
Firme ao teu lado, ó Mestre,
Dono da terra e céu,
Eu hei de chegar, bem seguro,
Ao porto, destino meu.”

A autora, deste lindo hino nasceu em 16 de setembro de 1831. A tuberculose ceifou a vida dos seus pais e deixou-a órfã em tenra idade. Mary Ann Baker morava em Chicago com a irmã e o irmão. Esse, um moço de excepcionais qualidades de caráter, começou a sofrer efeitos desta terrível doença. Das suas escassas economias, as duas irmãs conseguiram recursos para que ele viajasse à Flórida, na esperança de que no clima mais ameno começasse a melhorar. Não lhes foi possível acompanhá-lo. “Tudo em vão. Em poucas semanas o mal se agravou e o rapaz faleceu, longe do aconchego da família. “Não havia dinheiro para as irmãs irem ao seu enterro, nem para transportarem o seu corpo para Chicago. Mary escreveu sobre esta experiência assoladora:
“Embora nosso choro não fosse ‘como outros que não têm esperança’ e embora tivesse crido em Cristo desde menina e desejasse sempre viver uma vida consagrada e obediente, tornei-me terrivelmente rebelde a esse desígnio da divina providência. Disse no meu coração que Deus não me amava, nem aos meus. Mas a própria voz do meu Mestre veio acalmar a tempestade no meu coração rebelde e me trouxe a calma de uma fé mais profunda e uma confiança mais perfeita.”
Foi logo depois desta marcante experiência que o Dr. Horatio Palmer solicitou a Mary Ann o preparo de um grupo de hinos sobre os assuntos das lições da Escola Bíblica da sua igreja Batista. “Um dos temas era Cristo Acalmando a Tempestade. Esta lição expressou tão vividamente a minha experiência, que este hino foi o resultado.”
Caro leitor, ao longo dos anos tenho aprendido que o Deus o qual servimos é livre para nos ensinar aquilo que quer e do modo que quiser. No processo pedagógico de Deus torna-se necessário com que algumas vezes enfrentemos tempestades, até porque são através delas que aprendemos que jamais devemos desistir, antes pelo contrário, devemos depositar aos pés daquele que tudo pode nossas inquietações e ansiedades na certeza de que no tempo certo ele exercerá sua providência.
Portanto lembre-se: Deus está no controle da sua vida, nada absolutamente nada foge ao seu domínio, ele é Senhor e Soberano sobre tudo e todos.
Não desista, antes pelo contrário, nutra o seu coração de fé na certeza de que aquele que começou a boa obra em sua vida, o fará no final de tudo mais do que vencedor.

Pr. Renato Vargens
Pastor, conferencista e escritor
http://www.adiberj.org/portal/2010/12/15/aprendendo-a-descansar-no-senhor-em-meio-as-tempestades/

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O EXERCÍCIO DE EXAMINAR-SE...

Examinarmo-nos a nós mesmos não é para qualquer um, porque pressupõe uma avaliação que resultará em diagnóstico. A questão é que nem todo diagnóstico é bem-vindo. Alguns já presumem o resultado e preferem não fazer o autoexame. São aqueles que se enquadram na imprudência e no comodismo cristão. O problema é que a "doença" pode virar um câncer sem cura.

Outros fazem o processo da autoavaliação e quando recebem o diagnóstico negam o resultado. "Não pode ser... Como posso estar tão longe de Deus, se exerço liderança? Não, eu oro todos os dias e dou o dízimo fielmente. Eu, fariseu? Não, não e não." São os que vivem no autoengano e podem se surpreender no dia do juízo final.

Sim, esse dia chegará e está próximo! Que nosso autoexame, independente do resultado, possa nos conduzir à presença Daquele que julga retamente, que está pronto a perdoar (Ele lança todos os nossos pecados no mar do esquecimento).

Que possamos nos arrepender de fato e deixar que o médico das nossas almas nos liberte e nos cure totalmente. Ele não cobra a consulta, dá a receita e oferece o remédio, promovendo cura total. O preço já foi pago na cruz! 

Micheline

domingo, 12 de dezembro de 2010

Oh! Senhor! me livra de mim mesmo!

Ouvi essa expressão em um hino e refleti bastante sobre ela. Existem situações em que somos perigosos para nós mesmos! Agimos sob a pressão de nossos interesses, angústias, sem mesmo pararmos para refletirmos e procurarmos ver as coisas com mais clareza. Na maioria das vezes em que nos damos mal nas situações, veremos que tudo não passou de atitudes sem reflexões. É certo que não podemos viver sob o medo, sob a temerosa ameaça de que algo vai dar errado, mas é verdade que nem sempre damos uma chance a algo importante em nossa vida que é orarmos e aguardarmos o aval de Deus. Esse aval vem muitas vezes na forma do amadurecimento da situação. Por isso que dizem ser o tempo o melhor conselhereiro , certamente Deus o criou para nos limitar, para nos curar, para dar a nós chances e chances... Alguns chamam isso de longanimidade de Deus, outros de destino, outros de pura sorte.

Quantas coisas somos impedidos de fazer?  Imaginemos se José tivesse deixado Maria sozinha, como ele intentava fazê-lo, ao saber que ela estava grávida e o filho não era dele? Aquela moça teria sido morta por apedrejamento, sem misericórdia, e o fruto do ventre dela não teria vindo ao mundo. E se Moisés tivesse sido bem sucedido como príncipe no Egito? Aos quarenta anos vivia na corte de Faraó, desfrutando do título de filho da filha do Faraó. Quem arregimentaria o povo israelita e escreveria livros tão importantes que fazem parte da Bíblia Sagrada? O que teria acontecido com as cartas paulinas se o escritor delas, Saulo de Tarso, não tivesse sido contido quando  se dirigia a Damasco? Se a cada raiva, a cada frustração, a cada desejo pudéssemos realizar o que tivesse em nosso coração, qual caos seria nossa vida e a dos outros.

Se o Senhor nos livrar de nós mesmos de vez em quando, eliminaremos quase que cem por cento dos nossos problemas. Pois é do nosso coração de onde saem  tantas maquinações ou "boas intenções". Bom mesmo é deixar que um grande aliado, chamado Tempo, faça boa parte daquilo que projetamos para nós mesmos e para os outros. Evitaremos, assim, muitos estragos.
Oh! Senhor, Livra-me de mim mesma!

Sue Paulino

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A VIDA EM CÁPSULAS: NOVO NASCIMENTO

Acompanhamos estarrecidos ao milagre da vida nos noticiários. É a humanidade diante do poder de Deus, porque para aqueles mineiros foi dada a chance de nascer de novo. A oportunidade de sair da caverna e ver a luz. Mas não é mito. É a história real, contada e televisionada ao mundo. E para cada um deles há o rolar das lágrimas que celebram o retorno, que nostalgiam saudades, que se espantam diante do impossível.

Deus, o Autor da vida e Criador do universo, continua “abrindo mares”, “derrotando Golias” e, provando, sem precisar provar, aos ainda céticos, o seu poder.

Infelizmente nos deparamos com afirmações que desviam a honra devida a Deus para nós, meros mortais. Nossa evolução e inteligência são exaltadas. Nossa resistência e força de vontade são louvadas. Nossa solidariedade e compaixão são divulgadas, porque precisamos receber glórias. Anelamos por reconhecimento e buscamos a fama.

Até a numerologia se beneficiou... 33 mineiros que ficaram presos naquela caverna e, ao serem milagrosamente resgatados, gastavam 33 minutos para chegar ao hospital, no qual os médicos pediriam: “Digam 33!”. Esta última foi uma brincadeira do repórter, talvez por perceber o absurdo disso ou, simplesmente, para colocar uma pitada de humor em seu artigo e ser, por isso, louvado. Alguém lembrou que Jesus morreu quando tinha 33 anos. Pelo menos Jesus foi citado, mas a intenção era fortalecer a crença na numerologia e não em cristo.

Os filmes, documentários, dentre outros recursos para arrecadar dinheiro e ganhar fama virão. Teremos a ficção baseada em fatos reais, mas os efeitos especiais, a produção cinematográfica e a atuação dos atores tornar-se-ão alvos da admiração e dos aplausos do mesmo público que se comoveu diante de um fato extraordinário.

Pagaremos para assistir a um milagre transformado em ficção e nossas emoções serão manipuladas por uma trilha sonora bem arranjada. Nossos olhos verão efeitos que os encherão de lágrimas e nossas bocas comentarão sobre a história numa perspectiva crítica do cinema, porque somos inteligentes e filosóficos quando expomos opiniões coerentes e convincentes. Aí o ciclo se fecha: todos são louvados. Até os espectadores, que consomem ficção, comendo pipoca e tomando refrigerante nas salas confortáveis dos cinemas de todo o mundo. É tão bom!

Ontem, ouvi uma pregação baseada em 1 Coríntios 10.31, “Quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei TUDO para a glória de Deus”. (ênfase minha)

A abordagem feita deixou-me bastante reflexiva quanto ao pronome TUDO. Onde ficará a lembrança da mão de Deus na vida daqueles mineiros, durante tantos dias? De que maneira podemos tocar as emoções das pessoas para a realidade de que o nosso Senhor os livrou? Que abordagem temos dado ao nos referirmos a esse assunto?

É sensato dar reconhecimento pelo bom uso das habilidades e motivar as pessoas, honrando-as. Mas uma mente em Cristo sabe que não somos merecedores de absolutamente nenhuma glória.

Se vivermos 1 Coríntios 10.31, seremos a luz que traz esperança aos que estão aprisionados nas cavernas, mostraremos ao mundo a cápsula que resgata de toda escuridão: Jesus Cristo. Do contrário, poderemos estar ajudando almas sedentas a se afundarem ainda mais em cavernas de soberbas, prepotências e escuridão. Seremos agentes de que a Bíblia é mito, porque acreditar em Noé, dilúvio, concepção sobrenatural, morte na cruz e ressurreição será alienante e vergonhoso. Glorificar a Deus pelo milagre sobrenatural na vida dos mineiros estará longe dos nossos lábios. Viveremos em blasfêmia.

Que o Senhor nos ajude a fugir das glórias!

Que nossas vidas falem através das nossas atitudes que Deus existe e é soberano!

Cristo precisa crescer e, para isso, precisamos ser diminuídos até espelharmos apenas Sua face. Amém!

Micheline Medeiros

Em: 25/10/2010

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Um pequeno reconhecimento a grandes pessoas

Professores... Normalmente não temos as melhores imagens sobre eles, os vemos como seres de outro mundo; sem emoções, sem vida própria, sem sentimentos.

Talvez existam mesmo muitos professores insuportáveis, mas graças a Deus, não foi o que eu pude notar até hoje.

Em alguns deles encontrei grandes amigos, que arrisco dizer, serão para sempre. Pessoas que chegaram a minha vida há alguns anos, com o intuito de me fazer aprender e, por algum motivo, não foram embora da minha história ao término de suas lições; eles se estabeleceram como amigos, aqueles que ensinam coisas que vão muito além de uma escola.

Esses professores, amigos ou como você queira julgar, participaram de momentos importantes pra mim, contribuíram para a minha história, me deram alegrias, me ajudaram em diversos problemas, com toda sua sabedoria e com a experiência que, com certeza, está bem acima da minha.

É claro que não me identifico com todos aqueles que me ensinam ou já me ensinaram; até porque, todos nós temos características únicas com as quais os outros podem ter afinidade, ou não. Mas mesmo os que são apenas professores, já são o suficiente, pois exercem um trabalho lindo, que é fazer de cada um de nós, gente de verdade, gente capaz e que faz diferença em um mundo tão igual!

Obrigada aos professores amigos, por serem compreensivos, pacientes, por tentarem sempre ajudar, por se divertirem conosco, por nos alertarem pra o que está errado, por fazerem mais do que o necessário, e principalmente por não desistirem de nós nem de si próprios.

Obrigada particularmente aos meus mestres, por terem estado comigo em momentos difíceis, por entenderem quando eu estava muito agitada ou quando não queria nem falar; obrigada por terem me cativado e terem se deixado cativar por mim; obrigada pelas dicas, pelos carões, pela descontração.

Obrigada por me fazerem compreender o que parecia incompreensível, por terem me feito crescer como pessoa.

Obrigada pelos menores detalhes, pela insistência, por terem acreditado em mim, pelos elogios, pelas críticas, abraços e olhares.

Obrigada por aquelas palavras de mãe e pai de vez em quando, por me acolherem da melhor forma, por me tratarem tão bem e, às vezes, nem tanto.

Obrigada pelos momentos em que aliviaram a minha barra e até por quando não aliviaram; obrigada por me ensinarem muito além do que o colégio pede; por me ensinarem sobre a vida.

Obrigada pelas lágrimas e sorrisos compartilhados, pela confiança depositada, por toda a atenção.

Obrigada por terem feito o que achavam melhor em certos momentos, por mais que eu me sentisse injustiçada; obrigada por terem me feito enxergar o quão sou pequena e tenho que aprender; o quanto todos nós somos aprendizes da vida e das circunstâncias.

Obrigada àqueles que surgiram há uns quatro anos e ficaram até hoje, e àqueles que surgiram há uns quatro meses e já me deram de presente boas recordações dos melhores professores que eu poderia ter, em uma época e em um colégio que eu nunca vou esquecer; onde eu nasci e adoro viver.

Vocês merecem a minha admiração, minha amizade, meu respeito e meu carinho; merecem meus agradecimentos e meus parabéns, por serem os professores, amigos e, acima de tudo, as pessoas que são.

Eu sei que deviam receber muito mais reconhecimento do que recebem, mas se por enquanto o meu vale, eu os reconheço como uma esperança de salvação no futuro da humanidade; cada um da sua forma, com suas particularidades, vocês são essenciais, e para mim, serão sempre os melhores.

Por fim, eu agradeço a cada amigo por ser professor e a cada professor que é amigo!

Raissa Sales – Ensino Médio - CEI

Homenagem aos professores

PROFESSOR,


NESTA DATA MAIS QUE ESPECIAL

QUEREMOS AGRADECER-TE

POR NOS MOTIVAR, ENSINAR,

MOLDAR, COMPREENDER...

ALIMENTAR NOSSOS SONHOS E ESPERANÇAS

NA CONSTRUÇÃO DE UM PRESENTE E FUTURO

QUE VALEM A PENA VIVER...

ALIMENTAR O NOSSO SER.

QUE DEUS CADA VEZ MAIS TE CAPACITE

E CONFIRME EM TEU CORAÇÃO

ESSE CHAMADO PARA TÃO NOBRE

MISSÃO.

VOCÊ TEM LUGAR ESPECIAL

EM NOSSA VIDA.

PARABÉNS HOJE E SEMPRE


Uma homenagem aos professores.

Por Alysson Jordão

sábado, 16 de outubro de 2010

São muitas as receitas para se viver a vida, parece que, ao lê-las, conseguimos assimilar tudo aquilo, e, a princípio, dá-nos uma vontade louca de colocar tudo aquilo em prática, mas aí vem os impedimentos, as chamadas pedras no caminho... A nossa vontade é contorná-las, assim como o rio que não reconhece obstáculos, porque ele aprende a se adequar ao leito e seguir, a questão é que, ao contornar obstáculos, nos dividimos, somos levados a fazer escolhas e nem sempre estamos prontos para isso. Não quero deixar aqui receitas, mas uma filosofia de vida, apenas mais uma. Você pode ou não segui-la à risca ou adaptá-la: faça o que for o mais certo e sensato na hora. E carpe diem !

domingo, 11 de julho de 2010

Site de Curiosidades, A Cobertura da Imprensa Brasileira - Caso Chapeuzinho Vermelho - Textos sobre Mundo Bizarro

Site de Curiosidades, A Cobertura da Imprensa Brasileira - Caso Chapeuzinho Vermelho - Textos sobre Mundo Bizarro



Se a história da chapeuzinho vermelho fosse verdadeira a imprensa retrataria assim:

Jornal Nacional (William Bonner): “Boa noite. Uma menina quase chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem…”
(Fátima Bernardes): “…mas a atuação de um lenhador evitou a tragédia.”


Programa da Hebe ‘…que gracinha, gente! Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?’


Cidade Alerta (Datena): ‘…onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades? Cadê as autoridades? A menina ia pra casa da vovozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva… um lobo, um lobo safado. Põe na tela, primo! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não!


Superpop (Luciana Gimenez): ‘Geeente! Eu tô aqui com a ex-mulher do lenhador e ela diz que ele é alcoólatra, agressivo e que não paga pensão aos filhos há mais de um ano. Abafa o caso!’


Globo Repórter (Chamada do programa): ‘Tara? Fetiche? Violência? O que leva alguém a comer, na mesma noite, uma idosa e uma adolescente? O Globo Repórter conversou com psicólogos, antropólogos e com amigos e parentes do Lobo, em busca da resposta. E uma revelação: casos semelhantes acontecem dentro dos próprios lares das vítimas, que silenciam por medo. Hoje, no Globo Repórter.’


Discovery Channel Vamos determinar se é possível uma pessoa ser engolida viva e sobreviver.


Revista Veja Lula sabia das intenções do Lobo.


Revista Cláudia Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho.


Revista Isto É Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.


Revista Caras (Ensaio fotográfico com a Chapeuzinho na semana seguinte): Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: ‘Até ser devorada, eu não dava valor pra muitas coisas na vida. Hoje, sou outra pessoa.’


Revista Superinteressante Lobo Mau: mito ou verdade?


Revista Tititi Lenhador e Chapeuzinho flagrados em clima romântico em jantar no Rio.


O Estado de São Paulo Lobo que devorou menina seria filiado ao PT.


O Globo Petrobrás apóia ONG do lenhador ligado ao PT, que matou um lobo para salvar menor de idade carente.


Extra Promoção do mês: junte 20 selos mais 19,90 e troque por uma capa vermelha igual a da Chapeuzinho!


Meia hora Lenhador passou o rodo e mandou lobo pedófilo pro saco!


O Povo Sangue e tragédia na casa da vovó.
AINDA HÁ TEMPO, NEM TUDO ESTÁ PERDIDO!!!
 
 
CRÍTICA DE ARIANO SUASSUNA SOBRE O FORRÓ ATUAL
'Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esqu ecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.

Ariano Suassuna
Observação:O secretário de cultura Ariano Suassuna foi bastante criticado, numa aula-espetáculo, no ano passado, por ter malhado uma música da Banda Calipso, que ele achava (deve continuar achando, claro) de mau gosto. Vai daí que mostraram a ele algumas letras das bandas de 'forró', e Ariano exclamou: 'Eita que é pior do que eu pensava'. Do que ele, e muito mais gente jamais imaginou.

Realmente, alguma coisa está muito errada com esse noss o país, quando se levanta a mão pra se vangloriar que é rapariga, cachaceiro, que gosta de puteiro, ou quando uma mulher canta 'sou sua cachorrinha', aonde vamos parar? Como podemos querer pessoas sérias, competentes? E não pensem que uma coisa não tem a ver com a outra não, pq tem e muito! E como as mulheres querem respeito como havia antigamente? Se hoje elas pedem 'ferro', 'quero logo 3', 'lapada na rachada'? Os homens vão e atendem. Vamos passar essa mensagem adiante, as pessoas não podem continuar gritando e vibrando por serem putas e raparigueiros não. Reflitam bem sobre isso, eu sei que gosto é gosto... Mas, pensem direitinho se querem continuar gostando desse tipo de 'forró' ou qualquer outro tipo de ruído, ou se querem ser alguém de respeito na vida

sábado, 10 de julho de 2010

A menina e a maça

A menina e a maçã

de Herman Rosenblat

 



 
Naquela manhã o céu estava sombrio, enquanto esperávamos ansiosamente. Todos os homens, mulheres e crianças do gueto judeu de Piotrkow na Polônia foram arrebanhados em uma praça.
Espalhou-se a notícia de que estávamos sendo removidos. Meu pai havia falecido recentemente de tifo, que se alastrara através do gueto abarrotado. Meu maior medo era que nossa família fosse separada.
"O que quer que aconteça," Isidore, meu irmão mais velho, murmurou para mim, "não lhes diga a sua idade. Diga que tem dezesseis anos".
Eu era bem alto, para um menino de 11 anos, e assim poderia ser confundido. Desse jeito eu poderia ser considerado valioso como um trabalhador.
Um homem da SS aproximou-se, botas estalando nas pedras grossas do piso. Olhou-me de cima a baixo e perguntou minha idade.
"Dezesseis", eu disse. Ele mandou-me ir à esquerda, onde já estavam meus três irmãos e outros jovens saudáveis.
Minha mãe foi levada para a direita com outras mulheres, crianças, doentes e velhos.
Murmurei para Isidore, "Por quê?"
Ele não respondeu.
Corri para o lado da minha mãe e disse que queria ficar com ela.
"Não," ela disse com firmeza.
"Vá embora. Não me aborreça. Vá com seus irmãos".
Ela nunca havia falado tão asperamente antes. Mas eu entendi: ela estava me protegendo. Ela me amava tanto que, apenas esta única vez, ela fingiu não fazê-lo. Foi a última vez que a vi.
Meus irmãos e eu fomos transportados em um vagão de gado até a Alemanha.
Chegamos ao campo de concentração de Buchenwald numa noite, semanas após, e fomos conduzidos a uma barraca lotada. No dia seguinte recebemos uniformes e números de identificação.
"Não me chamem mais de Herman", eu disse aos meus irmãos. "Chamem-me 94938".
Colocaram-me para trabalhar no crematório do campo, carregando os mortos em um elevador manual.
Eu também me sentia como morto. Insensibilizado, eu me tornara um número.
Logo meus irmãos e eu fomos mandados para Schlieben, um dos sub-campos de Buchenwald, perto de Berlim.
Numa manhã eu pensei que ouvi a voz de minha mãe.
"Filho" ela disse suave mas claramente, "Vou mandar-lhe um anjo".
Então eu acordei. Apenas um sonho! Um lindo sonho!
Mas nesse lugar não poderia haver anjos. Havia apenas trabalho. E fome. E medo.
Poucos dias depois, estava caminhando pelo campo, pelas barracas, perto da cerca de arame farpado, onde os guardas não podiam enxergar facilmente. Estava sozinho.
Do outro lado da cerca, eu observei alguém: uma pequena menina com suaves, quase luminosos cachinhos. Ela estava meio escondida atrás de uma bétula.
Dei uma olhada em volta, para certificar-me de que ninguém me viu. Chamei-a suavemente em Alemão. "Você tem algo para comer?"
Ela não entendeu.
Aproximei-me mais da cerca e repeti a pergunta em Polonês. Ela se aproximou. Eu estava magro e raquítico, com farrapos envolvendo meus pés, mas a menina parecia não ter medo. Em seus olhos eu vi vida.
Ela sacou uma maçã do seu casaco de lã e a jogou sobre a cerca.
Agarrei a fruta e, assim que comecei a fugir, ouvi-a dizer debilmente, ""Virei vê-lo amanhã".
Voltei para o mesmo local, na cerca, na mesma hora, todos os dias. Ela estava sempre lá, com algo para eu comer - um naco de pão ou, melhor ainda, uma maçã.
Nós não ousávamos falar ou demorarmos. Sermos pegos significaria morte para nós dois.
Não sabia nada sobre ela, que parecia uma menina de fazenda, exceto pelo fato dela entender Polonês. Qual era o seu nome? Por que ela estava arriscando sua vida por mim?"
A esperança estava naquele pequeno suprimento, e essa menina do outro lado da cerca trouxe-me um pouco, como que nutrindo dessa forma, tal como o pão e as maçãs.
Cerca de sete meses após, meus irmãos e eu fomos abarrotados num vagão de carvão e enviados para o campo de Theresiensatdt, na Tchecoeslováquia.
"Não volte", eu disse para a menina naquele dia. "Estamos partindo".
Voltei-me em direção às barracas e não olhei para trás, nem mesmo disse adeus para a pequena menina, cujo nome eu nunca soube, a menina das maçãs.
Permanecemos em Theresienstadt por três meses. A guerra estava diminuindo e as forças aliadas se aproximando, muito embora meu destino parecesse estar selado.
No dia 10 de maio de 1945 eu estava destinado a morrer na câmara de gás, às 10:00 horas.
No silencioso crepúsculo, tentei me preparar. Tantas vezes a morte parecera pronta para me receber, mas de alguma forma eu havia sobrevivido. Agora, tudo estava acabado.
Pensei nos meus pais. Ao menos, pensei, nós estaremos nos reunindo.
Mas, às 08:00 horas ocorreu uma comoção. Ouvi gritos, e vi pessoas correndo em todas as direções através do campo. Juntei-me aos meus irmãos.
Tropas russas haviam liberado o campo! Os portões foram abertos. Todos estavam correndo, então eu corri também. Surpreendentemente, todos os meus irmãos haviam sobrevivido.
Não tenho certeza como, mas sabia que aquela menina com as maçãs tinha sido a chave da minha sobrevivência.
No local onde o mal parecia triunfante, a bondade de uma pessoa salvara a minha vida, dera-me esperança num lugar onde ela não existia.
Minha mãe havia prometido enviar-me um anjo, e o anjo apareceu.
Eventualmente, encaminhei-me à Inglaterra, onde fui assistido pela Caridade Judaica. Fui colocado numa hospedaria com outros meninos que sobreviveram ao Holocausto e treinado em Eletrônica. Depois fui para os Estados Unidos, para onde meu irmão Sam já havia se mudado. Servi no Exército durante a Guerra da Coréia, e retornei a Nova Iorque, após dois anos.
Por volta de agosto de 1957 abri minha própria loja de consertos eletrônicos. Estava começando a estabelecer-me.
Um dia, meu amigo Sid, da Inglaterra, me telefonou.
"Tenho um encontro. Ela tem uma amiga polonesa. Vamos sair juntos".
Um encontro às cegas? Não, isso não era para mim.
Mas Sid continuou insistindo e, poucos dias após, nos dirigimos ao Bronx para buscar a pessoa do seu encontro e a sua amiga Roma.
Tenho que admitir, para um encontro às cegas, não foi tão ruim. Roma era enfermeira em um hospital do Bronx. Ela era gentil e esperta. Bonita, também, com cabelos castanhos cacheados e olhos verdes amendoados que faiscavam com vida.
Nós quatro nos dirigimos até Coney Island. Roma era uma pessoa com quem era fácil falar e fácil de se estar junto.
Descobri que ela era igualmente cautelosa com encontros às cegas.
Nós dois estávamos apenas fazendo um favor aos nossos amigos. Demos um passeio na beira da praia, gozando da brisa salgada do Atlântico, e depois jantamos perto da margem. Não poderia me lembrar de ter tido momentos melhores.
Voltamos ao carro do Sid, Roma e eu dividimos o assento traseiro.
Como judeus europeus que haviam sobrevivido à guerra, sabíamos que muita coisa fora deixada sem ser dita entre nós. Ela puxou o assunto, "Onde você estava", perguntou delicadamente, "durante a guerra?"
"Nos campos de concentração", eu disse. As terríveis memórias ainda vívidas, a irreparável perda. Tentei esquecer. Mas jamais se pode esquecer.
Ela concordou. "Minha família se escondeu numa fazenda na Alemanha, não longe de Berlim", ela me disse. "Meu pai conhecia um padre, e ele nos deu papéis arianos."
Imaginei como ela devia ter sofrido também, medo, uma constante companhia. Mesmo assim, aqui estávamos, ambos sobreviventes, num mundo novo.
"Havia um campo perto da fazenda", Roma continuou. "Eu via um menino lá e lhe jogava maçãs todos os dias."
Que extraordinária coincidência, que ela tivesse ajudado algum outro menino. "Como ele era?", perguntei.
"Ele era alto, magro e faminto. Devo tê-lo visto a cada dia, durante seis meses."
Meu coração estava aos pulos. Não podia acreditar.
Isso não podia ser.
"Ele lhe disse, um dia, para você não voltar porque ele estava saindo de Schlieben?".
Roma me olhou estupefata. "Sim!".
"Era eu!".
Eu estava para explodir de alegria e susto, inundado com emoções. Não podia acreditar! Meu anjo.
"Não vou deixar você partir", disse a Roma. E, na trazeira do carro, nesse encontro às cegas, pedi-a em casamento. Não queria esperar.
"Você está louco!", ela disse. Mas convidou-me para conhecer seus pais no jantar do Shabbat da semana seguinte.
Havia tanto que eu ansiava descobrir sobre Roma, mas as coisas mais importantes eu sempre soube: sua firmeza, sua bondade. Por muitos meses, nas piores circunstâncias, ela veio até a cerca e me trouxe esperança. Não que eu a tivesse encontrado de novo, pois na minha mente eu jamais a havia deixado partir.
Naquele dia ela ela disse sim. E eu mantive a minha palavra. Após quase 50 anos de casamento, dois filhos e três netos, eu jamais a deixara partir.




Herman Rosenblat de Miami Beach, Florida.
Esta é uma história verdadeira que está sendo transformada num filme, chamado "A flor da cerca" (“Flower of the Fence” em inglês). Veja mais sobre a história e o filme no site www.atlanticoverseaspictures.comEsta tradução foi recebida de um leitor, depois revisada e corrigida. Autor original desconhecido.] [



Em algum lugar, de alguma forma, existem anjos que estão em nosso redor nos auxiliando. Eles são enviados por Deus. Não os vemos com olhos naturais. Esse anjos, às vezes, adquirem forma humana e se personalizam em forma de pessoas de nosso cotidiano. Por favor, estejam atentos, não faça os anjos chorarem.